
Foto: Freepik
A perícia médica é uma etapa decisiva para quem solicita benefícios por incapacidade junto ao INSS, como o auxílio-doença, a aposentadoria por invalidez e o Benefício de Prestação Continuada (BPC/LOAS) para pessoas com deficiência.
A avaliação feita pelo perito médico serve para comprovar a existência da incapacidade e determinar se o segurado tem direito ao benefício pretendido.
Por isso, saber como se preparar corretamente para a perícia é fundamental para garantir que seus direitos sejam reconhecidos sem obstáculos.
Entenda o que será avaliado
Na perícia, o médico perito do INSS irá analisar:
- Seu histórico médico e laboral;
- A existência e a gravidade da doença ou deficiência;
- A relação entre a doença e a incapacidade para o trabalho ou para a vida independente;
- A documentação apresentada para embasar o pedido.
- Ou seja, não basta ter um problema de saúde, é preciso demonstrar que ele interfere diretamente na sua capacidade de trabalho ou nas suas condições de vida.
Veja os principais cuidados que você deve ter:
1. Organize toda a documentação médica
Leve, de forma organizada:
- Laudos médicos recentes (datados, assinados e com o número do CRM do profissional);
- Exames complementares (radiografias, ressonâncias, exames laboratoriais, entre outros);
- Atestados e relatórios detalhando a doença, a evolução do quadro clínico e a incapacidade laboral;
- Receitas de medicamentos e prontuários médicos.
Importante: os documentos devem ser claros e objetivos, descrevendo o diagnóstico, o CID (Código Internacional de Doenças) e as limitações funcionais causadas pela doença.
2. Leve documentos de identificação
Apresente seu RG, CPF, comprovante de residência e, se possível, a carta de convocação ou protocolo do pedido de benefício.
3. Conheça seu histórico profissional
O perito poderá perguntar sobre seu trabalho, suas atividades habituais e suas limitações para exercer a profissão.
Esteja preparado para explicar como sua condição de saúde impacta suas tarefas diárias.
Se você já esteve afastado anteriormente, leve documentos que comprovem períodos de licenças anteriores, readaptações ou afastamentos.
4. Seja objetivo nas respostas
Durante a perícia:
- Responda apenas o que for perguntado;
- Seja claro ao descrever suas dificuldades;
- Não exagere, mas também não minimize sua condição;
- Evite termos vagos como "mais ou menos" ou "de vez em quando". Use exemplos concretos de limitações (ex: "não consigo permanecer em pé por mais de 20 minutos", "não consigo carregar peso acima de 5 kg").
5. Chegue com antecedência
Atrasos podem prejudicar o andamento da sua perícia. Compareça com, pelo menos, 30 minutos de antecedência ao local indicado.
6. Atenção às condições de locomoção
Se sua deficiência ou doença impacta sua mobilidade, registre isso já na chegada ao posto de atendimento. Esses detalhes são importantes para o contexto da perícia.
7. Se possível, tenha acompanhamento jurídico
Contar com o suporte de um advogado especializado em Direito Previdenciário pode fazer toda a diferença. O profissional orienta desde a organização dos documentos até o acompanhamento dos desdobramentos após a perícia, além de agir rapidamente em casos de negativa injusta do benefício.
E se o benefício for negado?
Mesmo seguindo todas as orientações, pode acontecer de o INSS indeferir o pedido. Se isso ocorrer:
- Você tem direito de apresentar recurso administrativo dentro do prazo legal.
- Se o recurso também for negado, é possível ingressar com ação judicial, com novas provas periciais.
A perícia médica é uma etapa técnica e rigorosa, mas com preparação adequada, documentação completa e orientação especializada, você estará muito mais seguro para enfrentar esse momento.
É importante que a equipe esteja pronta para oferecer suporte jurídico completo, orientando em cada detalhe para garantir que seus direitos sejam respeitados.
Fonte: Assessoria de Comunicação Adriane Bramante Advogados
Créditos: Patrícia Steffanello | Life Comunicação


